sexta-feira, 23 de julho de 2010

IN CERTEZA













E olha que eu acreditei
Eu que sempre duvidei de tudo
Que ri da tranquilidade
E da certeza alheia
Eu cri
Como uma criança
Que espera o cumprimento
Da promessa perdida
Eu esperei
Eu me sentei
E acreditei
Até demais
Foi ingenuidade, talvez
Hoje eu sei
A única vez que tive certeza
Na vida
E minha certeza
Tinha bases de areia
Certeza quebradiça
Um amigo diria.
Areia movediça,
Fatal!
Olhei de olhos enxutos
Vir o vendaval.

Thaís Carvalho

5 comentários:

  1. Que poema sensível! Muito lindo!
    Realmente, acho que umas das maiores certezas que temos é que sempre haverá incertezas, até no mais cético dos humanos! Eis a graça e a beleza de sermos humanos! Complexos e sensíveis humanos!

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  2. Melhor acreditar e se decepcionar,que viver a vida inteira pensando:E se eu tivesse acreditado como seria?
    Essa decepçao serve de bagagem para novos desafios da vida,voce sempre a levara em conta antes de uma nova decisão.
    Se cada decepçao sua resultar num otimo texto desses,não sei se irira querer ver seu sucesso......hehehe brincadeira.

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  3. Seu estilo é inconfundível poetisa...

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  4. Não há nada mais lindo e poético que sentar e esperar. Ou esperar deitado, como alguns dizem.
    In Certeza...

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