quarta-feira, 28 de março de 2012

SEGUNDA CHANCE




Um dia, só mais um dia, talvez nem isso
não há o que dizer como alento,
como fazer o que é preciso,
nem tempo

Ninguém sabe,
mas dizem que não, tão certo
que, convencido, aceitei o pouco
como melhor que o tudo incerto

Antes me achassem louco
por rejeitar o padrão, o exemplo
do que viver num caixão
tanto tempo

Vaguei desolado, buscando um sentido
anos tentando suprir meu anseio
Navio ancorado, esperando iludido
o vento propício que nunca veio

Agarrado aos destroços dum sonho proscrito
naufraguei no cais bem lento
Dias ao vento, como se fosse infinito
meu tempo

Agora já sem ter escolha
percebo a tremenda ironia
rumando ao meu último instante
entendo o que eu nunca entendia

Não vi que bem ao meu alcance,
em cada fugaz momento
havia uma segunda chance
todo esse tempo

2 comentários:

  1. Muito bom Willian...e obrigado pelo teor do texto.

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  2. Que bom que você gostou, Jhow! Começar sempre é difícil, demorei muito pra conseguir sair da inércia criativa. Na verdade eu que agradeço pela oportunidade de participar e pelo incentivo. Espero que em breve possamos ver um novo texto seu também. Um abraço!

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